Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Claro como a água

Um blog para os apaixonados por livros, ou simplesmente para quem procura um livro para ler

Claro como a água

Um blog para os apaixonados por livros, ou simplesmente para quem procura um livro para ler

Feira do Livro 2017 #2

05.06.17

FullSizeRender.jpg 

Na passada sexta-feira, após um dia intenso de trabalho, peguei na lista, num saco resistente para transportar os livros e nas moedinhas do porquinho e lá fui até à feira.

Num final de tarde a confusão é sempre muita, principalmente nos espaços das grandes editores, mas as bancas dos alfarrabistas estavam relativamente calmas, optei por começar por aí. Demorei menos do que 5 minutos até encontrar O Prisioneiro do Céu do Zafón. Embora já o tenha lido, na altura foi-me emprestado, só me faltava este terceiro volume para ter a colecção completa, e assim investi €6 num exemplar em óptimas condições.

Novo inquilino debaixo do braço, continuei a remexer, sem esquecer que procurava em especial a Anna Karenina e um dos dois de Machado de Assis que queria comprar. Encontrei tantos livros fantásticos (que já tinha lido e recomendo) por €3, vários de Saramago, diversos autores russos e outros clássicos por €5, deixei para trás Guerra e Paz do Tolstoi, mas creio que ainda vou lá buscá-la. Anna Karenina nem vê-la, em todas as bancas me disseram que quando aparece algum exemplar é vendido em minutos. E foi assim que esmoreci mais um bocadinho sob pena de nunca vir a conseguir um exemplar desta obra prima.

Continuei o passeio, até chegar à Cavalo de Ferro e vislumbrar o livro do dia: Mistérios de Knut Hamsun. Não me lembro de alguma vez ter ouvido falar do livro mas tinha alguma informação sobre o autor, sabia que era norueguês e que havia ganho um Nobel algures no tempo. Ir à feira sem prevaricar não é a mesma coisa, e assim lá foram mais €9.

Um pouco mais à frente, na Guerra e Paz comprei Dom Casmurro de Machado de Assis, numa edição bem recente mas que ainda assim ficou pelos €11. Mais abaixo, na Cotovia, fui incapaz de não trazer Memórias Póstumas de Brás Cubas, também de Machado de Assis, mais €7 voaram da carteira.

Passei pela Relógio d'Água mas, pela primeira vez, não comprei nada. Ainda fui tentada pelo Nabókov e o seu Riso na Escuridão e por um outro romance do Fitzgerald, mas, não sei como, tomei uma decisão totalmente racional e (ainda) não os trouxe para casa. Lá também avistei a Anna Karenina mas o preço, uma vez mais, não me seduziu.

Continuando, tive que entrar no espaço Leya, não foi fácil, havia pessoas por todo o lado (não que estivessem a oferecer livros, estavam antes a hipnotizar os leitores com as suas "promoções"). Adiante, procurava a colecção dos Livros RTP, trouxe Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Marquez por €8 e deixei lá As Cidades Invisíveis de Italo Calvino para uma próxima visita, ou talvez para outra ocasião, preciso de pensar sobre o assunto.

Na Europa América encontrei um exemplar de Anna Karenina, não tinha preço marcado, perguntei quanto custava, começou o discurso: "isto é uma óptima oportunidade", blá blá blá, "está com 30%", hmmm não sei se me convences, "se levar três livros oferecemos um, que terá de ser o mais barato, claro", só quero saber o preço, "são só €28". Não fugi logo, desta vez consegui controlar-me melhor, fiz um compasso de espera e só então virei as costas.

Na Presença, ela lá estava, a um preço exorbitante. Por esta altura comecei a sentir que tinham raptado a Karenina e estavam a pedir um resgate...

Continuei a descer o Parque, estava um bocadinho desiludida, prestes a ir para casa mas não sem parar na última (ou primeira, depende da perspectiva) banca, a da Fnac. Foi aí que vi uns livros diferentes, pareceram-me lindos, de capa dura, com as páginas delimitadas a dourado, lombada resistente e tinham a vantagem de ser bastante leves. Vi vários exemplares de livros de Jane Austen e não sei que outros lá estavam porque deixei de ver assim que passei os olhos pelo título Anna Karenina. Peguei-lhe, li a primeira página, estava em inglês, a letra não era demasiado pequena, tinha a vantagem de caber em qualquer mala, não pesar e custar apenas €11. Foi a última compra e a que mais me satisfez.

Deixei pendentes o Guerra e Paz do Tolstoi e O Riso na Escuridão do Nabókov, talvez ainda volte para os ir buscar. Mesmo que não volte, já valeu a pena.

4 comentários

  • Imagem de perfil

    Rita

    06.06.17

    Aiii isso é horrível...mesmo não tendo feito por mal, deve ter sido frustrante.
    Grande parte dos clássicos não são de leitura fácil, principalmente por terem contextos diferentes e não fluírem como gostaríamos, seja pela linguagem complexa ou descrição excessiva. Já leste o "Grande Gatsby" ou "Jane Eyre"? São dos que mais gostei, sugiro (se é que posso) que experimentes um desses dois.
    Boas leituras!
  • Imagem de perfil

    Carina Pereira

    06.06.17

    Eu aceito sempre sugestões de livros eheh! E, sim, o Great Gatsby li e gostei muito, depois vi o filme, Jane Eyre é que nunca li, não li nenhum das irmãs Bronte, embora tenha tentado o Wuthering Heights, mas na altura comprei em Inglês e não é uma narrativa fácil. Talvez esteja na altura de lhe dar outra chance também. :)
  • Imagem de perfil

    Rita

    07.06.17

    Do "Wuthering Heights" já não gostei muito.
    Terminei hoje "O Retrato de Dorian Gray" do Oscar Wilde, tirando as primeiras páginas, que são um pouco aborrecidas, o livro é fantástico! Já leste?
  • Comentar:

    Mais

    Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

    Este blog tem comentários moderados.

    Este blog optou por gravar os IPs de quem comenta os seus posts.